4 de fevereiro de 2013

Resenha: The Edge of Never, de J. A. Redmerski

Título: The Edge of Never
Autora: J. A. Redmerski
Editora: CreateSpace
Páginas: 426

Sinopse:
A jovem Camryn Bennett, de vinte anos, sempre pensou além de sua realidade, sempre soube que queria mais da vida do que a mesma coisa repetitiva de sempre, ficando velha sem ter feito nada. E ela pensava que sua vida estava na direção certa, até que tudo deu errado. 
Determinada a não se focar no ruim e seguir em frente, Camryn decide viver com sua melhor amiga e começar um novo emprego. Mas depois de uma noite com acontecimento inesperados em um clube noturno em Raleigh, na Carolina do Norte, ela toma a decisão de abandonar a vida que conhece e partir, deixando tudo no passado. 
Com sua bolsa, celular e uma mochila com algumas bugigangas dentro, Camryn, sem direção ou intenção alguma, pega um ônibus sozinha e decide se encontrar no mundo. O que ela encontra é um garoto chamado Andrew Parrish, alguém que não é muito diferente dela e que tem seus próprios demônios secretos. Mas Camryn jurou jamais baixar sua guarda novamente. E ela jurou nunca se apaixonar. 
Mas com Andrew, Camryn se pega fazendo coisas que nunca pensou que faria. Ele ensina como realmente se vive além do comum, e como se render a seus mais profundos desejos. Na espontânea road-trip que eles começam, ele rapidamente se torna o centro da nova e excitante vida de Camryn, a fazendo sentir amor, desejo e emoções de maneira que ela jamais imaginou ser possível. Mas quando o segredo de Andrew vir a tona, vai fazer com que eles fiquem inevitavelmente juntos eternamente ou separados?

Tradução: Um Livro Por Dia.

Você deve entrar em histeria por The Edge of Never?

Não gosto muito de fazer previsões. 

É que nem aposta: se você ganhar é ótimo. Mas, sempre rola uma pagação de mico se perder. 

Se eu fosse fazer uma previsão (o que não estou fazendo) diria que "The Edge of Never", se virar filme, poderia se tornar tão grande quanto Twilight. 

Quando o Rafa indicou esse livro para eu ler e fazer uma resenha para vocês, resolvi dar uma pesquisada. E, sério, faz tempo que eu não vejo um buzz tão grande! No GoodReads tive que ler umas 10 resenhas de meninas histéricas antes de chegar em uma que fosse razoavelmente criteriosa. São resenhas tipo melhor-livro-que-já-li-na-minha-vida-como-vivi-antes-dele-e-chorei-ri-e-fiz-xixi-nas-calças-ao-mesmo-tempo-de-tão-fantástico-e-lindo-e-maravilhoso-que-ele-é. Todas ilustradas com gifs animadas, claro. 

Para ser bem sincera, toda vez que leio resenhas assim fico cheia de suspeitas. Isso porque todo livro tem alguma coisa que poderia melhorar e se as pessoas não conseguem vislumbrar isso é porque estão apaixonadas por outra coisa. Nesse caso, por Andrew Parrish. É, o mesmo problema de Twilight, 50 Tons e muitos outros. As meninas ficam tão apaixonadas pelo galã que esquecem de ler o livro de verdade. 

Respirei fundo e comecei a ler. Algumas coisas surpreenderam. Outras, não. Vamos lá?



10 coisas boas e ruins sobre "The Edge of Never":

1) A história até que é bonitinha... Algumas coisas muito ruins aconteceram na vida de Camryn nos últimos anos. Quando sua melhor amiga resolve acabar com a amizade de anos por causa de um cara, ela resolve que está na hora de realizar seu grande sonho: sair por aí, sem lenço e sem documento. Sobe em um ônibus, com destino a qualquer lugar. E, nele conhece Andrew Parrish. Com aparência de bad boy e um coração de ouro, Camryn começa uma amizade com esse estranho e, juntos, perdidos pela estrada descobrem um ao outro.

2) Tem sexo... Olha, já achei o sexo de Cinquenta Tons meio mais ou menos. E, a ideia desse livro não é ser um soft porn. Mas, mesmo assim, têm as cenas de sexo. E elas são bem boas.

3) No final acontece uma coisa meio inesperada. No começo da história você não tem muita ideia, mas, lá pelo meio dá pra descobrir. Mas, já é melhor do que a maioria dos romances açucarados em que nada de diferente acontece. 

4) Os personagens são muito fofos. Sim, Andrew é o homem perfeito. E Camryn é uma personagem bem forte. Não tenho as mesmas críticas sobre esse relacionamento que tenho com Twilight por exemplo.

5) É melhor escrito que Cinquenta Tons de Cinza. Mas não muito melhor. Eu colocaria em um tico melhor que Twilight. Ou seja, não dá vontade de vomitar. Mas, ao mesmo tempo não é nenhuma obra prima. Tem muitas construções esquisitas e rola uma certa falta de vocabulário.


6) O livro alterna os pontos de vista entre Camryn e Andrew. Por um lado, isso é legal porque dá a visão dos dois personagens. Por outro, a autora não é muito competente em dar vozes diferentes pra cada um. Logo, essa estrutura (que costumo gostar bastante) acaba não agregando a história.

7) O desenvolvimento dos personagens é muito bem apresentado. O ritmo é bem legal, nós vamos nos envolvendo e nos importando cada vez mais, o que aumenta a identificação afetiva com eles. Dito isso, rola uns deslizes no decorrer da história, personagens agindo totalmente ao contrário daquilo que já estávamos reconhecendo neles para, em seguida, voltar a agir normalmente. Bem esquisito

8) A divisão da história é surreal. 90% do livro é dedicado às situações que levaram Camryn ao ônibus, eles se conhecerem, eles se apaixonarem e se envolverem. Somente 10% do mesmo é dedicado ao clímax da história, ao conflito, a parte realmente emocionante onde tudo o que conhecemos fica suspenso e não sabemos muito bem o que vai acontecer. É tão pouco espaço dedicado a isso que tudo fica MUITO corrido. Toda a emoção que você poderia sentir passa despercebida, porque você só aproveita 10 páginas daquilo. Como disse, surreal. Na hora que ela poderia ganhar a emoção do público totalmente e reduzir cada um de nós a uma soluçante bagunça, ela sai correndo como se tivesse pronta para ganhar a São Silvestre. Cara, me irritou demais!

9) E, como se não bastasse esse problema, ela ainda pega todas as características que aprendemos a apreciar nos personagens, todos os planos que, agora, queremos para eles e joga pela janela colocando-os em uma situação que, peloamor, totalmente desnecessária. 

10) Ah, o Andrew realmente, realmente parece muito demais. Muito melhor que Christian Grey e Edward Cullen juntos. ;)


Resumo da Ópera 

Sim, gostei do livro. Não é a coisa mais bem escrita que já li. Mas, nem sempre escolhemos um livro porque é super bem escrito. Às vezes, simplesmente, queremos nos perder um pouco em uma história. E essa é uma boa história para se perder. Mas, não. Não vale entrar em histeria. Você vai pagar muito por um bom analista. 

Ah, e vou ser bem sincera e dizer que o livro é do tipo mega mulherzinha. Então, considerando isso...

Quem vocês preferem?

a) Edward Cullen
b) Christian Grey
c) hmmm, acho que vou conhecer o Andrew Parrish
d) Nenhum deles, sou uma pessoa sensata e não fico pensando em homens fictícios (Aham, Claudia. Senta lá).
e) Gosto mais da Camryn. Ou da Bella. Ou da Anastasia... bem, você me entendeu.  

The Edge of Never será lançado pela Suma de Letras neste semestre. 


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The Edge of Never pode ser encontrado nos seguintes sites:
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Joana

Sobre o autor

Joana Aquariana, carioca. Devoradora de livros, viciada em séries e sol. Leio na praia, no ônibus, no carro, no computador, no sofá, na cama, no banheiro, andando, correndo e, às vezes, até tomando banho.
Página do Facebook www.asletrasdajo.blogspot.com

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