16 de novembro de 2012

Resenha: Eu, o Desaparecido e a Morta, de Jenny Valentine

Título: Eu, o Desaparecido e a Morta
Título Original: Finding Violet Park
Autora: Jenny Valentine
Editora: iD
Páginas: 183

Sinopse:
Ter um pai "desaparecido" já é uma situação perturbadora, mas a vida de Lucas se complica de verdade quando ele encontra Violet Park - ou melhor, a "morta" - em uma decadente agência de táxis durante a madrugada. Aquele com certeza não era lugar para uma senhora falecida, e ao buscar um final menos deprimente para os restos mortais dela, Lucas vai descobrir muitas coisas sobre si mesmo.

E foi assim que tudo começou.

Opa!, a história ainda está na minha cabeça e, por um momento, achei que nem precisaria explicá-la a você. Aliás, até achei que você já sabia do que se tratava, porque você já deve ter lido... Ah, não? Se não leu, o que está esperando?

Passando pela agência de táxis pela madrugada, Lucas Swain tem o olhar atraído para Violet Park. A morta. Na prateleira. Em uma urna. Cremada. E nesse instante, ele sente certa compaixão pela falecida, porque como poderia uma pessoa morrer e passar a eternidade numa agência de táxis, totalmente esquecida?

Contudo, mesmo querendo não deixá-la para trás, Lucas age da forma que mais parece certo para ele, não para ela, e segue para casa. Quantas vezes nós mesmos não agimos mais com a razão do que com o coração? Ou melhor, quantas vezes queremos, sentimos necessidade de fazer de um jeito, mas optamos por fazer de outro? Para não nos expormos. Para não termos preocupações a mais.

Mas, em casa, sua consciência ainda clama por salvar Violet das fumaças de charutos e dos papos obscenos da qual ela está destinada a conviver por toda a morte na agência de táxis.

E na convivência com seus familiares, conhecemos a própria história de Lucas, entendemos seus conflitos internos, sua personalidade, e que sua vida gira em torno da perda do pai. O desaparecido. Conhecemos as dores, as inseguranças e os sofrimentos da mãe, e a rigidez da avó, ao tratar deste assunto. Também a convivência com os irmãos e o avô com perda de memória.

Assim a história prossegue na busca de informações tanto do desaparecido quanto da morta, o que cada um representa em sua vida, e o reconhecimento próprio de Lucas. Tudo sob a visão do garoto, que tem dezesseis anos.

É possível um livro não ser tão perfeito (ainda estou refletindo sobre a veracidade dessa frase), mas se tornar favorito? Eu, o Desaparecido e a Morta ocupa essa posição, te afirmo. Tem seus poucos defeitos, e ainda assim é uma história inesquecível e cativante.

Jenny Valentine escreve maravilhosamente bem, mantém sempre o texto fluido, simples, cheio de frases, parágrafos inteiros de pensamentos que você há de concordar. Impossível não se identificar com os personagens, estes bem caracterizados, e fazer várias marcações durante a leitura.

Graficamente falando, a Editora iD realizou um trabalho excelente desde a capa singela e que diz muito, linda –  com o interior laranja -, à revisão e tradução impecáveis, à diagramação com fonte ótima, às folhas amarelas, e o destaque: todas a folhas parecem papel amassado!


Sem pestanejar, recomendo a leitura. Talvez (repare nesta palavra) o livro não chegue a mudar sua vida, entretanto, é inevitável que você se pegue pensando e refletindo sobre ela junto com Lucas, com a mãe, com todos. Que, para mim, é o ponto mais positivo do livro Eu, o Desaparecido e a Morta.


   ~ Links ~   

Eu, o Desaparecido e a Morta pode ser encontrado nos seguintes sites:
Skoob     |     Site da Editora iD

Submarino.com.br


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Rafael

Sobre o autor

Rafael Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, viciado em Internet, e adora esse mundo literário. Prefere os livros contemporâneos, mas, de vez em quando, precisa de algumas doses de fantasia.
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