16 de outubro de 2012

Resenha: Um Ano Inesquecível, de Ronald Anthony

Título: Um Ano Inesquecível
Título Original: The Forever Year
Autor: Ronald Anthony
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304

Sinopse:
Você acredita que o amor pode durar para sempre?
Jesse Sienna não. O casamento de seus próprios pais era respeitável mas sem paixão; e sua própria história romântica indica que o amor queima ardentemente antes de desaparecer por completo. 
Então, quando seu pai, Mickey, muda-se para sua casa e parece não compreender o relacionamento superficial de Jesse com sua atual namorada, mas Jesse não lhe dá atenção. 
É apenas um exemplo do quão diferente eles são e fica mais evidente que ele e seu pai nunca terão uma ligação mais profunda.
Mas a verdade é que Mickey Sienna conhece mais sobre amor do que a maioria das pessoas conseguem aprender na vida toda. 
Há mais de cinquenta anos, ele encontrou o amor mais verdadeiro que a vida pode oferecer. Ele sabe das infinitas recompensas de investir seu coração e sua alma em alguém... E conhece o prejuízo devastador de deixar esse alguém perfeito escapar.
Quando Mickey percebe que Jesse não está dando valor a uma mulher extraordinária, decide que é hora de contar a história que nunca contou para nenhum de seus filhos a Jesse. Durante os meses seguintes, Mickey mostra seus momentos mais particulares e felizes para seu filho... e muda a percepção de Jesse em relação ao amor e as possibilidades de um relacionamento duradouro para sempre.

Eu não pretendia ler este livro.

O título é bem genérico, e agora, ao final da leitura, concordo que tal ano será inesquecível..., porém, adoraria que fosse somente mais um ano. A capa tem estes tons esverdeados/acinzentados, com pessoas olhando para o nada, o que contribui para a generalidade do título. Mas dei uma chance à ele. Isso me ocorre às vezes. Nem sempre a melhor capa contém a melhor história, nem o título faz do livro uma obra prima. Este não é nem um, nem outro. Ele me excitou no começo e me arrasou no fim.

Há pouco tempo Mickey tornou-se viúvo, após a morte de Dorothy. Na imensa e vazia casa em que moravam, por um descuido ele causa um incêndio na cozinha. O ocorrido foi a gota d'água: Mickey deveria se mudar. Jesse decide acolher e cuidar do pai, já que os outros irmãos não têm o menor interesse nisso. O rapaz de trinta e poucos anos é o caçula da família. A diferença de idade entre ele e os irmãos é tão grande que Jesse se sente deslocado da família, como se não falassem a mesma língua, nem fizesse parte dela.

Mickey, de 83 anos, não dá trabalho, mas é um desafio para Jesse se aproximar de alguém com quem teve pouco contato durante toda a vida. Aliás, não é só esse o desafio do personagem durante o livro. Ele é uma pessoa que não acredita no amor verdadeiro, porque já sofreu por desilusões amorosas, e se relaciona com Marina, uma mulher que pensa da mesma forma. Para eles, o amor sempre vai acabar, uma hora ou outra, e assim vivem "um dia de cada vez".

"Depois de Karen, percebi que existem diversos tipos de amor romântico e cada um tem um prazo de validade. Você pode ser terno, generoso e doce. Você pode ser amargo, egoísta e ferino. Mas não importa como se vista, uma hora você vai ficar nu. Não há meios de manter a profundidade nas emoções. E, se você realmente se importa, vai doer muito mais no final."

Contudo, Mickey conhece Marina e percebe nela uma mulher especial. Jesse seria muito idiota em perdê-la se continuasse com esse pensamento, então, ele decide contar-lhe seu maior segredo...

Comecei sem ler muito da sinopse, e me surpreendi demais com as primeiras páginas. Conforme fui avançando, a história foi esfriando, e seguiu-se assim quase até o fim, tendo sempre uma esquentada nos capítulos de Mickey. Seu segredo é contado aos poucos, e são as melhores partes do livro. É tão doce, que o leitor se comporta como uma formiga em busca de açúcar.

A narrativa do primeiro romance de Ronald Anthony, a la Nicholas Sparks, é divida entre o ponto de vista de Jesse, em primeira pessoa (eu), e de Mickey, em terceira pessoa (ele). O restante da leitura não fluiu como aconteceu no começo, mas a vontade de continuar a história, mesmo que previsível, não me fez desistir.

"Agora estava sentado no escritório de Jesse, completamente imerso nas memórias. Estava esgotado. Parecia que havia caminhado meio século. (...) Mas Jesse se desapontaria caso pensasse que Mickey continuaria. Não havia jeito de ele contar mais nada."

O fato é que toda a carga emotiva que eu acreditaria sentir com A Culpa É Das Estrelas, que não aconteceu, explodiu na minha cara no final deste livro, e não pude evitar o aperto no coração e o desabamento a cada palavra lida. Tive vontade de arremessar o livro contra a parede. Nunca mais terminá-lo. Era muito para mim. Doloroso demais.

Eu já sabia o final que Jesse e Mickey teriam, e para mim, o pai, ao final das contas, foi o principal personagem de toda essa história.




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Skoob     |     Trecho do livro

Submarino.com.br


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Rafael

Sobre o autor

Rafael Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, viciado em Internet, e adora esse mundo literário. Prefere os livros contemporâneos, mas, de vez em quando, precisa de algumas doses de fantasia.
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